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Data: 25 de novembro, 2015Imprimir

A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle do Senado Federal realiza, nesta sexta-feira (27/11), diligência, em Bom Jesus da Lapa, na Bahia, para constatar a situação do Rio São Francisco e verificar os efeitos da crise hídrica que levam os dois mais conhecidos reservatórios de geração de energia hidroelétrica da calha principal do Velho Chico (Sobradinho e Três Marias), a estarem praticamente no volume morto. A diligência será conduzida pelo presidente da CMA, senador Otto Alencar (PSD-BA) e terá início às 9h.

As autoridades irão visitar trechos do rio e participar de soltura de peixes. A diligência integra o plano de trabalho da CMA que avalia a política pública de revitalização da Bacia Hidrográfica do Velho Chico.

A comitiva que visitará o berço religioso do São Francisco será integrada por senadores, deputados federais e estaduais. O presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Felipe Mendes de Oliveira e prefeitos da região também estarão presentes.

Destruição – O presidente da CMA tem manifestado grande preocupação com o São Francisco, conhecido como “rio da integração nacional” por cortar cinco estados – Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas.

Otto Alencar tem alertado constantemente para o comprometimento de afluentes, prejudicados pelo despejo de esgoto, assoreamento, destruição de mata ciliar e das nascentes. Também tem denunciado o desaparecimento de rios na Região Nordeste e Minas Gerais.

O presidente da CMA defende que o governo federal decrete situação de emergência na Bacia Hidrográfica do São Francisco por conta do assoreamento e o baixo nível das barragens de Sobradinho e Três Maria. O Rio São Francisco é a única fonte segura de água para o semiárido brasileiro.

Volume morto – Nesta semana, a barragem de Sobradinho atingiu menos de 2% do volume útil. “Sobradinho já está no volume morto”, afirmou Otto Alencar. A barragem de Três Maria está apenas com 8% de sua capacidade de reservar água.

“Apesar do acelerado aumento da utilização das águas do São Francisco não têm ocorrido investimentos dos governos federal e estaduais suficientes para garantir a preservação de nascentes e afluentes do rio. Só se produz água plantando árvores”, disse o presidente da CMA. Para Otto Alencar, sem a revitalização não será possível a transposição das águas do Velho Chico e o rio será apenas um caminho de areia em pouco tempo.

Audiência pública – A diligência integra o plano de trabalho da comissão que realizou no último dia 17, audiência pública com especialistas e autoridades públicas para debater a situação do rio.

Os participantes concordaram que somente o esforço conjunto da sociedade civil, do governo federal e dos governos dos estados banhados pelo Rio São Francisco poderá impedir a morte do Velho Chico. Eles defenderam maior investimentos na recuperação do rio.

Roteiro da diligência

9h – Chegada do presidente da CMA e autoridades ao Aeroporto de Bom Jesus da Lapa. Deslocamento até o trecho a ser visitado do Rio São Francisco.

9h30 – Reconhecimento da situação do Rio São Francisco pelos parlamentares e autoridades.  Saída de Barrinha

10h30 – Retorno à margem do Rio São Francisco, fala das autoridades e soltura de alevinos

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